quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Jornada

Bom, é isso aí. Estou eu também entrando em mais essa maravilha da internet! A intenção desse blog é expressar a minha visão da vida da forma mais exposta possível. Meus pensamentos voam muito rápidos e de uma maneira louca muitas vezes. Não sou, nem nunca fui, uma pessoa enquadrada em maneiras comuns de se viver. O que quero dizer com isso é que sempre fui pega por mim mesma em devaneios filosóficos e compreensões não muito comuns do que é a vida. Já me deparei descobrindo coisas imprescindíveis de cara com o espelho, olhando pro céu, pro teto, pro nada. Sempre pensei em seguir caminhos totalmente inusitados e diferentes do que vejo outras pessoas seguindo; pessoas que amo e que são felizes assim. E esse é o ponto: buscar a felicidade pura e nua. E onde ela está? Algumas das minhas opções de resposta são vencidas quando reconheço que cada ser humano é único e maravilhoso. Como posso eu dizer pra você a fórmula da felicidade, quando eu mesma ainda procuro pela minha? E por mais abstrato e louco que isso possa parecer, essa é ela. A busca. O não saber onde ela está. Porque nesse caminho encontramos pessoas, experimentamos gostos, cheiros, o calor do sol, a umidade da chuva, o cansaço do sono, o sabor da comida, o valor do silêncio, o amor da criança, o calor de corpos que se querem, a presença de Deus. Essa última resume todas as outras que dEle vem. Imperfeito, eu sei, mas ainda assim maravilhoso. Imaginem então quando dEle vierem e ainda perfeitos!!!

Nesse momento, agora mesmo, o meu filho Enrico me interrompeu, com uma energia nos olhos que não pude deixar de dar-lhe atenção. Ele queria me contar sobre dois carros, um laranja e um azul que ele viu num jogo, e que corriam através de um escudo pelo universo. Tive que levantar e vê-lo se alegrar ao mostrar pra mim a sua grande descoberta! Simples? Talvez. Mas poder beijá-lo na cabeça, sentir o seu cheiro delicioso, colocar a mão no seu ombrinho de seis anos e voltar pro computador, certa de que ele estava feliz e que atendê-lo e senti-lo me havia feito feliz também, prova a minha teoria de que a jornada é que vale. Cada passo tem a sua importância, a sua magia. Talvez exista o martelado pote no fim do arco-íris, mas prefiro acreditar que hoje o pote sou eu e que o arco-íris das bênçãos de Deus, tão colorido, cai em diferentes tons dentro de mim e que cada cor preenche uma necessidade não preenchida na minha jornada. O pote, eu levo comigo, andando, continuando; às vezes mais rápido, às vezes nem tanto, mas sempre em busca do mais. Do mais intenso, do mais pacífico, do mais tranqüilizante. Se nessa Terra isso existe, eu não sei, mas na busca me aperfeiçôo pro perfeito que virá depois de mim. Aqui pra mim será mais um veículo onde, sem medo, escancaro o meu peito na certeza de que minha experiência é de todas as formas a mais forte influência que posso ter sobre mim mesma e sobre vocês. Vocês é que decidem se a acolherão. Se sim, agradeço pela frestinha na porta do seu coração pra me receber; se não, sigo em frente com a certeza de que pra mim será mais uma forma de me conhecer profundamente; pois ao pensar e escrever, entro de novo em contato comigo mesma, com o universo dentro de mim e com o universo de Deus, que com palavras muito pobres digo o quanto me tem feito crescer ao reconhecer que tudo vem dEle e pra Ele volta como agradecimento e submissão. Por tudo o que tenho e muito mais, agradeço. E por mais esse meio de comunicação com vocês me coloco ao serviço daqueles que me dão a sua atenção. Essa é a jornada. E embarco nela agora mesmo.